Publicado por Redação em Gestão de Saúde - 18/10/2023 às 10:15:29
Saúde mental: 86% dos funcionários mudariam de emprego por saúde mental, diz estudo
Equilibrar a vida profissional e a pessoal se tornou uma prioridade para muitos profissionais, mas nem todas as companhias estão aderindo ao movimento de uma cultura mais flexível e com isso o ambiente de trabalho está impactando muitos profissionais, principalmente quando o assunto é saúde psicológica: 86% das pessoas mudariam de emprego por saúde mental e mais satisfação no trabalho, segundo pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH.
O estudo foi realizado entre agosto e setembro deste ano, de forma online, com 2.017 pessoas, entre homens e mulheres no Brasil, de 17 a 60 anos, onde 21,7% (438 pessoas) são profissionais de RH ou gestão de pessoas.
Dos respondentes, 61% não se sentem satisfeitos ou felizes no trabalho, e a maioria (76%) já conheceu alguém que precisou se afastar das atividades de trabalho por razões psicológicas.
Dos respondentes, 61% não se sentem satisfeitos ou felizes no trabalho, e a maioria (76%) já conheceu alguém que precisou se afastar das atividades de trabalho por razões psicológicas.
Quais medidas corporativas os funcionários mais sentem falta?
Ter ações relacionadas à saúde mental durante o ano é uma das políticas que as empresas poderiam investir mais: 75% dos participantes afirmam que na empresa em que trabalham ou trabalharam recentemente, não existem ações e suporte para temas relacionados à saúde mental. De acordo com a executiva da HR Tech, existem algumas razões para isso.
“Os debates acerca da saúde mental se concentram, muitas vezes, no mês de setembro. As empresas colocam um holofote sobre depressão e suicídio, que nem sempre se sustenta no resto do ano. Infelizmente, ainda há um estigma que impede discussões saudáveis e implementação de políticas eficazes”, diz Prado.
Os recursos limitados e a cultura organizacional inadequada também podem interferir na criação de programas específicos. De acordo com o grupo que afirmou que existem ações nas empresas, as mais citadas foram:
- Suporte com psicólogos (47%),
- Canal de escuta ativa (36%),
- RH atento aos sinais dos funcionários (34%).
A tecnologia entra como uma das ferramentas para medir a aplicabilidade, afirma a executiva.
“Devemos partir do princípio de que cada funcionário tem uma necessidade individual. Então, além de lideranças e um RH preparado para entender e criar estratégias específicas, também é preciso entender como acontece o progresso. Avaliar as métricas é fundamental para observar os pontos a serem melhorados e para justificar o investimento no funcionário.”
Fonte: EXAME
Layane Serrano