Publicado por Redação em Gestão do RH - 12/04/2022 às 15:49:06
Rotatividade de colaboradores: boas práticas para o RH
Rotatividade de colaboradores: o que o RH deve fazer?
Um dos principais indicadores que o setor de RH deve acompanhar é o índice de rotatividade de colaboradores. A partir dessa métrica, o setor consegue verificar se as suas estratégias de retenção de talentos são efetivas ou não.
Além de saber fazer o cálculo para obter essa informação, é preciso manter as boas práticas de RH para manter o índice dentro de um valor tolerável. Desse modo, os eventuais afastamentos não prejudicam o fluxo de trabalho da empresa.
Continue a leitura deste artigo para descobrir quais os principais fatores que levam um colaborador a pedir o desligamento, quais as boas práticas de RH e como calcular a rotatividade dos colaboradores. Confira!
Rotatividade de colaboradores: principais fatores
Ausência do plano de carreira e estagnação
A ausência de um plano de carreira implica em uma variedade de motivações para os pedidos de desligamento.
Por exemplo, o colaborador entende que a função que ele desempenha continuará a mesma durante toda a sua jornada de trabalho na empresa. O problema é que, com o tempo, os desafios tendem a diminuir por conta de sua evolução e experiência.
Como resultado, ele se sentirá estagnado, sem a possibilidade de aprender novas habilidades e ser recompensado por isso. Tanto em aspectos financeiros, como de realização pessoal e profissional.
Por outro lado, o colaborador pode estar satisfeito com seu salário e com o clima organizacional da empresa, porém, almejando ocupar um cargo diferente. Neste caso, se não houver flexibilidade para essa transição, o profissional não hesitará em buscar outra organização.
Boas práticas
- Criar um plano de carreira adaptável e flexível;
- Articular as diferentes trilhas de carreira com as necessidades da empresa e dos colaboradores;
- Estimular o desenvolvimento de soft skills na progressão de carreira.
Excesso de trabalho
Um dos principais fatores para a satisfação do colaborador é a capacidade de equilibrar o trabalho com sua vida pessoal. Dessa forma, quando existe excesso de trabalho, fica difícil para o colaborador encontrar essa balança, prejudicando seu bem-estar.
Mesmo que as atividades estejam sendo realizadas sem a necessidade de horas extras, a rotina de trabalho fica muito pesada. Assim, a pessoa não consegue aproveitar seu tempo livre por causa do cansaço físico e mental.
Além disso, a sobrecarga de atividades pode afetar a saúde do colaborador, fazendo com que ele desenvolva a síndrome de burnout. Inclusive, esta condição foi classificada como doença crônica ligada ao trabalho pela OMS no início de 2022.
Boas práticas
- Alinhar expectativas;
- Estabelecer metas alcançáveis;
- Evitar a microgestão do trabalho;
- Evitar prazos muito curtos para execução das tarefas.
Remuneração desproporcional e falta de benefícios
Os aspectos materiais também são essenciais para a redução das taxas de turnover. Afinal, se o profissional não recebe o suficiente para cobrir as necessidades básicas de moradia, saúde, segurança e lazer, não há como continuar na empresa.
Ao mesmo tempo, colaboradores talentosos, com bom desempenho, sabem o quanto seu trabalho vale. Logo, eles não ficarão satisfeitos em receber um salário que não consideram justo.
Boas práticas
- Manter a remuneração compatível com o que é praticado no mercado de acordo com os cargos;
- Oferecer benefícios, como plano de saúde, gympass, etc;
- Flexibilizar a agenda;
- Ter dias de folga bônus.
Não valorizar os colaboradores
A falta de valorização dos colaboradores é o principal motivo para os pedidos de demissão no Brasil. É isso que mostra a pesquisa FIA Employee Experience que entrevistou 150 mil trabalhadores em mais de 300 empresas do país em 2020.
De acordo com o estudo, 27% dos entrevistados afirmaram que pediriam o desligamento se sua empresa não reconhece seu valor. Isso mostra que os fatores emocionais são ainda mais importantes que os materiais.
Por este motivo, vale a pena investir em estratégias pautadas no conceito de employee experience, isto é, a experiência do colaborador.
Boas práticas
- Desenvolver uma cultura organizacional de feedbacks construtivos;
- Recompensar e celebrar as conquistas dos colaboradores;
- Engajar colaboradores em outros projetos da empresa;
- Elogiar em público e corrigir em particular.
Cálculo de rotatividade
Para calcular a rotatividade de colaboradores, você precisa:
- Somar a quantidade de admissões e desligamentos (por ano ou mês);
- Dividir o resultado da soma por 2;
- Dividir o resultado pelo número total de colaboradores;
- Multiplicar o resultado por 100 para obter a porcentagem da rotatividade.
Então a fórmula do cálculo é a seguinte:
Rotatividade = { [ ( Desligamentos + Admissões ) ÷ 2 ] ÷ Total de Funcionários } x 100
Interpretando o índice de rotatividade de colaboradores
Um índice de rotatividade considerado aceitável fica em torno de 10%. Independentemente dos afastamentos serem voluntários ou involuntários, um índice de rotatividade de colaboradores alto é preocupante. Isso porque, existem muitas despesas associadas aos processos de admissão e demissão.
Além disso, os desligamentos frequentes geram descontinuidade no trabalho, o que afeta tanto a qualidade das entregas quanto o clima na empresa.
Por isso, é importante manter as boas práticas de RH e repensar a forma como a empresa realiza a seleção, recrutamento e onboarding de seus colaboradores, pois a alta rotatividade de profissionais também pode indicar falhas nesses processos.
Sobre a Convenia
A Convenia é uma HR Tech com soluções voltadas para otimização de tempo e custos das empresas. Nasceu há alguns anos, com o objetivo de trazer alta tecnologia para o setor de RH, de forma acessível e prática.
Desde então, trabalha fortemente para que os produtos evoluam junto com os clientes, pois compreendem que, diminuindo o tempo gasto com rotinas operacionais, as empresas têm mais tempo para as pessoas.
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Fonte: Mundo RH