Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/06/2011 às 11:16:14

Preços administrados provocarão onda de reajuste nas contas dos consumidores

SÃO PAULO – Estima-se que para os próximos meses os preços administrados provocarão uma onda de reajustes, incidindo nos principais gastos dos consumidores, o que poderá comprometer a redução da inflação.

Alguns aumentos, como no caso do transporte, já foram repassados para o consumidor e pressionaram a inflação no primeiro semestre deste ano. Agora, espera-se reajustes em outros setores, como energia, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento entre outros.

Descumprimento da meta de inflação
Conforme matéria publicada pela Agência Brasil, analistas econômicos entendem que os preços administrados representam um risco real para o descumprimento do teto da meta da inflação em 2011, que é até 6,5%.

O professor de economia da PUC de São Paulo, Antônio Lacerda, ponderou, segundo a Agência Brasil, que a forte indexação no Brasil fará com que os preços administrados continuem a pressionar a inflação, o que impactaria na desaceleração dos índices.

De acordo com estimativas das instituições financeiras, os preços administrados devem subir cerca de 5% neste ano e 4,5% em 2012. Vale lembrar que nas últimas semanas as projeções ficaram estáveis, mas há dois meses, a previsão para este ano era 4,8% e há três meses, de 4,5%.

Na avaliação do economista chefe da consultoria Austin, Alex Agostini, também segundo a Agência Brasil, o risco de ultrapassar a meta é bastante significativo, principalmente porque a estimativa é de que os preços administrados subam o dobro do que avançaram em 2010.

Motivos
O principal motivo de alerta é que uma parte significante dos contratos administrados está vinculada ao Índice Geral de Preços, da Fundação Getulio Vargas. Influenciado pelo câmbio e pelos preços no atacado, esse índice sobe mais do que a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em momentos de alta generalizada de preços.

Em janeiro, o Índice Geral de Preços – Mercado, que reajusta a energia e os aluguéis, atingiu 11,49% no acumulado em 12 meses. Durante o ano, o índice mostrou trajetória de queda, mas permanece acima da variação da inflação oficial. No mês passado, o índice de 12 meses caiu para 9,76%, enquanto o IPCA do período somou 6,55%.

Também calculado pela FGV, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que reajusta vários contratos, chegou a ficar próximo de zero (0,01%) no mês passado. Apesar dessa desaceleração, os especialistas acreditam que os preços administrados continuarão a ser pressionados pelo IGP. “A desaceleração [do IGP] pode até ajudar no futuro, mas o fato é que esses índices chegaram a 12% no ano passado e teremos vários aumentos de tarifas nos próximos meses”, adverte Lacerda.

Para Agostini, ainda existem chances de que os preços administrados não influenciem tanto a inflação a ponto de estourar a meta. Esse cenário, no entanto, depende mais da conjuntura da economia do que da atuação do governo.

Fonte: web.infomoney.com.br | 14.06.11


Seguro Educacional

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Federação de médicos rompe com governo e recorre ao STF contra MP

A Fenam (Federação Nacional dos Médicos), que agrega entidades médicas sindicais, anunciou que vai deixar seis comissões que integra na esfera do governo federal e outros cinco colegiados do Conselho Nacional de Saúde (órgão vinculado ao Ministério da Saúde).

Notícias Gerais, por Redação

Fundo do FGTS considera investir R$ 9 bi em infraestrutura em 2013

O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) terá orçamento de R$ 9 bilhões para aplicar em infraestrutura neste ano, informou o fundo gerido pela Caixa Econômica Federal nesta sexta-feira (8).

Notícias Gerais, por Redação

Prévia do PIB: crescimento da economia em junho é o maior em 14 meses

A economia brasileira cresceu mais do que o esperado em junho, indicando que a atividade já estava dando sinais de recuperação. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,75% em junho frente a maio.

Notícias Gerais, por Redação

Previdência privada e juros baixos

Em função do IR reduzido que incide sobre todos os planos, a previdência privada aberta deverá se manter como uma das mais interessantes alternativas de investimento financeiro

Notícias Gerais, por Redação

Economia cresce 0,57% em dezembro e 2,79% em 2011, diz índice do BC

Indicador divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central mostra elevação de 0,57% da atividade econômica brasileira, em dezembro (resultado com ajuste sazonal, que desconsidera efeitos de determinado período do ano).

Deixe seu Comentário:

=