Publicado por Redação em Notícias Gerais - 11/05/2012 às 14:39:42

Pequenos investidores não sairão da poupança tão cedo, mas há boas alternativas

Os pequenos investidores não sairão correndo da caderneta de poupança apenas por conta da mudança na rentabilidade que entrou em vigor no último dia 4, na opinião de especialistas em investimentos.

Isto porque a  poupança é uma aplicação que está atrelada à cultura da população e levará um bom tempo para que os pequenos poupadores comecem a procurar outras opções. “No Brasil, quando a criança nasce, é comum que os pais abram uma caderneta de poupança para ela”, afirma o diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno. “Já nos Estados Unidos é diferente. As pessoas praticamente nascem investindo em ações”, completa.

Isso porque há muito tempo a taxa de juros dos EUA é praticamente zero, o que torna os títulos de renda fixa pouco atrativos. “Lá as pessoas precisam buscar alternativas para os investimentos”, ressalta Zeno.

Entretanto, é importante lembrar que por aqui também existem diversas alternativas à caderneta de poupança que oferecem risco muito parecido e devem ser analisadas, pois podem garantir uma rentabilidade bem mais atrativa – especialmente no longo prazo.

“Sou a favor da quebra de paradigmas. Se for para conseguir um melhor resultado, se o investidor se sente insatisfeito com a rentabilidade da poupança ou de outra aplicação, ele deve procurar alternativas”, afirma Zeno.

Alternativas à caderneta
Entre os investimentos que oferecem risco tão baixo quanto a caderneta de poupança, estão os títulos do Tesouro Direto, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e as LCI (Letras de Crédito Imobiliário).

No caso do Tesouro, a chance de calote é muito pequena, já que eles são títulos de dívida do Governo - e por isso, os mais seguros do país. No caso do CDB e da LCI, assim como na poupança, o investidor tem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 70 mil, em caso de quebra da instituição.

Assim, com investimentos de risco parecido, é importante comparar e analisar a melhor opção. “É preciso olhar algumas questões, como o prazo do investimento, por conta da incidência de Imposto de Renda”, explica Zeno. Quanto mais tempo ficar com o dinheiro aplicado, menor será a alíquota cobrada – a taxa varia de 22,5% (para aplicações de até 6 meses) a 15% para investimentos superiores a 2 anos, sempre sobre a rentabilidade.

Entre os exemplos citados, a vantagem da LCI é justamente a isenção do IR, assim como a caderneta de poupança. Já no CDB e o Tesouro há incidência de imposto, por isso esta conta deve entrar na análise do investimento.

Os fundos de investimentos também podem ser uma boa alternativa, mas neste caso é preciso se atentar para outro ponto importante: a taxa de administração, que também impacta diretamente no resultado final da aplicação. Para se ter uma ideia, um levantamento da XP Investimentos mostrou que a diferença entre a taxa de administração de um fundo DI de um grande banco e de uma gestora independente pode chegar a 1.400%, o que impacta diretamente na rentabilidade.

E a Bolsa?
Para o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, a mudança na remuneração da poupança e a conseqüente continuidade na redução dos juros não deve fazer com que os investidores enxerguem imediatamente a bolsa de valores como uma opção.

“Não acho que seja algo que vá mudar de uma hora para outra. As pessoas até podem começar a se interessar mais pelo mercado acionário, mas isso leva um tempo e ocorre de forma mais gradativa. Elas primeiro vão olhar para outros títulos de renda fixa mais arriscados, para aos poucos começarem a pensar em bolsa”, afirma.

Fonte: Infomoney


Seguros Pessoais

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

MEC divulga a primeira chamada de aprovados no Sisutec

Mais de 383 mil candidatos disputavam 239,7 mil vagas no ensino técnico. Matrícula será realizada nesta quinta e sexta-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Apesar de melhor desempenho do setor, emprego na indústria fica estável em junho

 Apesar do avanço da produção da indústria acima do esperado em junho, o emprego no setor não conseguiu aproveitar o impulso e ficou estável no mês na comparação com maio, informou nesta sexta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Notícias Gerais, por Redação

Em meio a greve, Dilma diz que visa emprego para quem não é estável

Em meio a um forte movimento grevista de servidores federais no país, a presidente Dilma Rousseff disse hoje em Minas Gerais que, diante da crise econômica internacional, o Brasil pretende assegurar emprego "para a população mais frágil" que não tem estabilidade no trabalho.

Notícias Gerais, por Redação

Balança comercial atinge superávit de US$ 623 milhões no começo de julho

A balança comercial brasileira atingiu um superávit de US$ 623 milhões na primeira semana de julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Notícias Gerais, por Redação

FGV: inflação semanal acelera para 0,57%; alimentos sobem

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou para uma alta de 0,57% na primeira quadrissemana de maio, depois de encerrar abril com elevação de 0,52%, segundo informações divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Notícias Gerais, por Redação

SP tem menor percentual de endividados desde outubro de 2009

O total de famílias paulistanas endividadas caiu em novembro para 41% e chegou ao menor patamar desde outubro de 2009 (40,9%). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Deixe seu Comentário:

=