Publicado por Redação em Previdência Corporate - 11/01/2011 às 17:50:16
MV Sistemas investe R$ 2 milhões em mobilidade para saúde
por Verena Souza
11/01/2011
Projeto prevê atuação em três áreas: checagem, assistencial e clínica. Empresa já coloca no mercado checagem de medicamento no leito
Vislumbrando grande potencial de mercado, a MV Sistemas planeja desembolsar cerca de R$ 2 milhões em soluções móveis para o setor de saúde. O projeto de desenvolvimento da companhia, em parceria com as universidades de Passo Fundo (RS) e Federal de Pernambuco, prevê atuação em três áreas distintas: checagem, assistencial e clínica.
Estas estão subdivididas em gestão hospitalar; por meio de indicadores e business intelligence (BI); colaboração, que consiste na troca de informações entre profissionais; atenção básica, com monitoramento de agentes de saúde e logística, que inclui farmácia hospitalar, prontuário eletrônico e dispensação. Segundo o diretor de Sistemas da MV em Passo Fundo, Charles Schimmock, estão sendo feitas pesquisas sobre tecnologias móveis para aplicação de soluções em cada um desses segmentos.
"A partir disso teremos uma infraestrutura de mobilidade montada para futuras demandas. A busca por mobilidade vai crescer em um percentual muito maior do que a demanda tradicional de desktops", afirmou Schimmock.
Para se ter uma ideia, a MV realizou pesquisa com sua base de clientes e constatou que 87% deles estão investindo em alguma funcionalidade na área móvel, como tablets, iPas, smartphones e equipamentos de saúde específicos. "Precisamos nos preparar para esta migração", enfatizou o executivo.
Administração de medicamentos sem erros
No final do ano passado, a MV desenvolveu um sistema de checagem do medicamento na beira do leito, via dispositivo móvel. Dessa forma, o processo de gerenciamento dos remédios está sendo controlado até a aplicação no paciente.
O médico prescreve o medicamento por meio do prontuário eletrônico, a farmácia faz a dispensação por meio de um coletor e o enfermeiro na hora de ministrar a medicação aciona o dispositivo, que confere as informações anteriores através de um código de barras. O código, segundo Schimmock, é único e identifica o lote e validade do produto, além de garantir sua rastreabilidade.
No leito do paciente, a enfermeira precisa, primeiramente, identificar o número do seu crachá no dispositivo móvel. Depois, é necessário identificar o paciente através de uma pulseira com código de barras, que já acusará a medicação que precisa ser ministrada naquele horário. Só então, a medicação rotulada é verificada pelo aparelho. Se estiver com o medicamento de outro paciente, o dispositivo informará o engano. "A tecnologia é 100% segura", enfatiza Schimmock.
Para se ter uma idéia, de acordo com um estudo publicado em julho na revista Acta Paulista de Enfermagem, cerca de 30% dos fármacos são aplicados de forma equivocada. O levantamento analisou a administração de medicamentos em cinco hospitais públicos brasileiros.
O erro de horário, com variação superior a um hora de antecedência ou de atraso do horário prescrito, foi o principal responsável por esse percentual, registrando 77% das falhas. Porém, o estudo também apontou erros de dosagem, em 14,4% dos casos, seguido de erros de vias de administração (6,1%), de medicamento não autorizado (1,7%) e de troca de paciente (0,5%).
A ferramenta para a checagem no leito da MV está sendo testada em três clientes. No entanto, o diretor informou ao Saúde Business Web que já está pronta para ser comercializada.
Fonte: www.saudebusinessweb.com.br