Publicado por Redação em Notícias Gerais - 08/03/2012 às 10:57:22

Mulheres: como investir e cuidar das finanças nas diversas fases da vida?

As mulheres conquistaram a independência financeira e têm se interessado cada vez mais pelos investimentos e pelo controle das finanças. É fato que, nas últimas décadas, muita coisa mudou na maneira como elas lidam com questões financeiras e profissionais.

“A maior mudança nesse período é o simples fato de as mulheres terem mais dinheiro. É preciso ter em mente que nas últimas décadas as mulheres 'tomaram de assalto' o mercado de trabalho e, em muitas profissões, já não se vê uma diferença significativa entre homens e mulheres”, afirma o especialista em finanças pessoais da MoneyFit, André Massaro. “Com mais dinheiro disponível, é natural e esperado que as mulheres passem a se interessar mais pelo assunto 'gestão financeira'”, continua.

Na hora de investir, elas normalmente são mais conservadoras do que os homens (existem diversos estudos que comprovam isso) e focam principalmente no longo prazo. “Homens costumam ser mais atraídos pelas operações de curto prazo e gostam de fazer 'trading'. Mulheres aparentemente não compartilham dessas preferências, ao menos por enquanto. Mas é algo que pode mudar à medida que as mulheres vão ficando mais íntimas do mundo dos investimentos e das finanças pessoais”, diz Massaro.

Seja como for, tanto os homens quanto as mulheres passam por diversas fases na vida e a maneira de investir pode ser influenciada por esses “estágios”. No dia delas, o especialista da MoneyFit selecionou algumas “etapas” da vida e listou dicas sobre como lidar com as finanças e investimentos durante elas. Confira:

Enquanto ainda moram com os pais
O especialista ressalta que, enquanto ainda moram com os pais, as mulheres (e os homens também) normalmente são jovens e o salário ainda não é tão alto.

Por outro lado, eles também não têm muitas obrigações. “Pessoas nessa situação devem procurar utilizar o dinheiro ao máximo em coisas que aumentarão a capacidade de gerar dinheiro no futuro, como estudos, cultura e desenvolvimento profissional”, diz Massaro.

Segundo ele, se sobrar dinheiro, é importante investir e, dependendo do perfil, dar atenção especial às aplicações mais agressivas, que também podem trazer um retorno maior no longo prazo. Isso porque o jovem tem mais tempo para recuperar os prejuízos, em casos de algum investimento que dê errado.

“Elas podem ser um pouco mais agressivas nessa fase da vida, exatamente pelos poucos compromissos financeiros”, continua.

Quando moram sozinhas
Massaro aponta que a mulher que mora sozinha possui dois problemas principais: o primeiro é ter que arcar sozinha com as despesas do lar, e a segunda é que, se a fonte de renda cessar, não há ninguém para “segurar a barra” até que ela consega uma outra fonte. Por isso, é importante controlar os gastos e evitar compras desnecessárias.

“A mulher que mora sozinha precisa ser controlada, disciplinada e deve procurar constituir uma razoável reserva financeira para conseguir manter um padrão de vida minimamente aceitável caso algo ruim (como uma perda de emprego) ocorra”, aconselha o especialista.

Quando estão casadas e com filhos
Depois que já estão casadas, ele aponta que as mulheres normalmente ficam em uma situação um pouco mais confortável por causa do marido. Isso quer dizer que, com outra pessoa ajudando nas despesas da residência, elas podem se organizar melhor para poupar e também para investir o seu próprio dinheiro.

Neste caso, investimentos mais arrojados, como ações, ficam ainda mais atrativos. “Essa mulher, considerando que esteja com as finanças em ordem, pode buscar investimentos um pouco mais agressivos, pois presume-se que, se algo ruim acontecer (perda de fonte de renda) ela não precisará resgatar o dinheiro “correndo” (com o risco de realizar prejuízos) para dar conta do dia a dia”, diz.

Próximo da aposentadoria (filhos já saíram de casa)
De acordo com o especialista, esta é mais uma recomendação que independe de gênero – serve tanto para homens quanto para mulheres.

“É consenso entre a maioria dos planejadores financeiros que, nesta fase, o investidor deve ser mais conservador e defensivo”, diz. “Presume-se que a pessoa já fez seu “pé de meia” e não deve ficar se arriscando desnecessariamente”, conclui Massaro.

Fonte: Infomoney


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