Publicado por Redação em Notícias Gerais - 19/07/2013 às 09:42:32

Indústria prepara repasse da alta do dólar

 A indústria prepara uma onda de reajuste de preços devido à alta do dólar, que neste ano já subiu quase 10%, o que deve ampliar a pressão inflacionária até o fim do ano.

No entanto, os repasses não devem chegar integralmente ao consumidor, que resiste em pagar mais e ameaça substituir produtos ou desistir da compra.

Há pressões de custos em vários segmentos da indústria, como computadores, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, autopeças e veículos.

São setores que utilizam mais de 30% de peças e insumos importados.

Os eletrodomésticos da linha branca e os televisores também vão ficar mais caros.

"Temos grande pressão no custo de insumos, principalmente aço e componentes. O setor não consegue absorver isso sem repassar", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros (eletrodomésticos).

 O aumento do aço, insumo para vários bens duráveis, depende de negociações diretas com os fornecedores. Alguns fabricantes relataram que os fornecedores querem impor reajustes entre 10% e 25%.

No setor de eletrônicos, os reajustes já começaram. No início do mês, fabricantes elevaram em 3% o preço dos produtos para o varejo, que repassou ao consumidor, diz Humberto Barbato, presidente da Abinee (eletrônicos).

A indústria vinha absorvendo as recentes altas do dólar desde o início do ano. Em maio, porém, quando a moeda atingiu R$ 2,25, não foi mais possível segurar o reajuste, disse Barbato.

"Ninguém vai aumentar além do necessário porque, no atual cenário, a tendência é perder mercado se os preços subirem muito."

Segundo Ivair Rodrigues, da consultoria IT Data, as negociações entre a indústria e o varejo nos últimos meses foram difíceis.

"De um lado, o varejo está pressionado para tentar vender mais barato, já que o consumo não cresce tanto. Do outro, a indústria não tem mais condições de absorver a alta dos custos."


O DOBRO DO PREÇO

Segundo ele, componentes de microcomputadores, como memória e HD, dobraram de preço neste ano.

Estima-se que 70% dos itens de PCs, celulares e tablets sejam importados. O primeiro semestre fraco e a perspectiva de reajustes já fazem a indústria de eletroeletrônicos demitir. Em maio, o setor fechou 2.170 vagas, queda de 1,17% ante o mês anterior.

No setor de brinquedos, a alta do dólar terá impacto marginal e chega a ser comemorada pelos fabricantes nacionais, que veem o produto importado mais caro. A indústria nacional trabalha só com 3% de peças importadas.

"As lojas já importaram os produtos para o Dia da Criança e o Natal. O aumento será em 2014", afirmou Synésio Batista, presidente da Abrinq (brinquedos).

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br


Seguro Educacional

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Susep extingue averbação simplificada

Com base no Planejamento Estratégico de Fiscalização para 2013,

Notícias Gerais, por Redação

IR: 616 mil declarações caem na malha fina em 2012

A malha fina deste ano teve 616.569 declarações retidas, contra um total de 569.671 no ano passado, de acordo com informações da Receita Federal. Segundo a Receita, omissão de rendimentos é o principal motivo de incidência na malha, com 426.201 declarações retidas, o que representa 69,12% do total.

Notícias Gerais, por Redação

População brasileira envelhece acima da média global, diz IBGE

O ritmo de envelhecimento da população brasileira está acima da média mundial. É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais, análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as condições de vida da população brasileira 2012, divulgada ontem.

Notícias Gerais, por Redação

Quase 90 milhões dos cartões de crédito do Brasil são das mulheres

As mulheres brasileiras detêm 84,6 milhões dos cartões de crédito existentes no País.

Notícias Gerais, por Redação

Copom eleva projeção de reajuste no preço da gasolina para este ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, em sua ata da última reunião, divulgada nesta quinta-feira (27), elevou a projeção de reajuste nos preços da gasolina. Na reunião da última semana, foi estimado um aumento de 6,7% no combustível, considerando a variação acumulada até setembro, ante um acréscimo de 4% estimado na reunião de agosto.

Deixe seu Comentário:

=