Publicado por Redação em Notícias Gerais - 27/03/2012 às 08:49:17
Indústria brasileira terá desempenho aquém do PIB neste ano, diz BNP Paribas
Apesar do bom momento da economia brasileira, a indústria nacional irá mostrar certa recuperação neste ano e terá um desempenho melhor em relação à 2011, avaliou o BNP Paribas durante apresentação de seu relatório econômico trimestral nesta segunda-feira (26). Entretanto, ainda segundo a instituição financeira, a indústria não deve ter uma boa performance no curto prazo, por conta de questões estruturais e do câmbio desvalorizado.
“Em termos de produção, acredito que a indústria terá um desempenho melhor do que no ano passado, mas aquém do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil como um todo. Porém, não estamos diante de um cenário catastrófico. Ela deve terminar 2012 melhor do que começou”, afirmou Marcelo Carvalho, economista-chefe para América Latina do banco.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia brasileira registrou avanço de 2,7% em 2011, enquanto o PIB industrial apontou para um avanço de 1,6% no período. O BNP Paribas afirma haver uma dicotomia clara em relação à indústria e outros setores domésticos para as projeções de 2012. Segundo o banco, empresas mais ligadas às vendas internas terão um desempenho melhor, impulsionadas pelo bom momento econômico brasileiro.
Além do câmbio
“Há outros fatores além do câmbio que afetam a indústria, como tributos e produtividade. A carga tributária no Brasil é muito grande e complexa, enquanto em relação à produtividade, nossa mão-de-obra tem muito no que evoluir. Portanto, não devemos apenas ficar preso ao câmbio quando pensamos em medidas para incentivar nossa indústria”, aponta Carvalho.
De forma geral, a instituição financeira acredita que outras importantes questões estruturais, que têm a ver com o custo Brasil, precisam ser equacionadas, além da produtividade. Eficiência e logística também são outros pontos importantes frisados pelo economista-chefe do banco e que carecem de investimentos.
Fonte: Infomoney