Publicado por Redação em Notícias Gerais - 10/06/2014 às 09:47:21

Impostos são até 81% do preço de itens para Copa

Acompanhar a Copa do Mundo de 2014, que começa na próxima quinta-feira, dia 12, não deve sair muito barato para os brasileiros, mesmo para aqueles que não têm a intenção de gastar com ingressos para as partidas. Isso porque a carga tributária que incide sobre os itens normalmente consumidos durante o evento é bastante elevada, deixando o Mundial mais pesado no bolso. No caso da cachaça, por exemplo, o imposto embutido chega a atingir 81,87% do valor total do produto, aponta o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
 
No geral, a carga de impostos que estão embutidos nos preços dos produtos é maior entre as bebidas, que são praticamente indispensáveis para quem deseja reunir os amigos e acompanhar os jogos em casa. Segundo o IBPT, os tributos chegam a 76,66% na caipirinha, 55,6% na garrafa ou lata de cerveja, 45,47% na lata de refrigerante e 36,21% no suco. Engana-se quem acredita que para os aperitivos a história é diferente: a tributação corresponde a 37,3% do preço do salgadinho, 36% do amendoim, 34,99% da pipoca e 16,5% sobre o preço de queijos em geral, revela o Instituto.
 
Itens alusivos ao evento
 
O presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, observa que "a alta de impostos também é percebida nos itens alusivos ao evento esportivo, como é o caso da bola de futebol, com 46,49% e a camisa do time, que tem 34,67% do preço revertido aos cofres públicos".
 
Os serviços relacionados ao evento também possuem uma elevada carga tributária no Brasil. Se o caso é de uma viagem para outro estado para assistir ao Mundial, por exemplo, paga-se a média de 36% na viagem de avião + hotel + translado, aponta o IBPT. No estádio, se desejar comer um cachorro-quente, 15% do valor dele é de tributos.
 

Impacto
 
"A cobrança de impostos é uma coleta de dinheiro feito pelo governo para que pague as contas", explica a advogada tributarista Marluzi Andrea Costa Barros, sócio do setor de direito tributário do Siqueira Castro Advogados. Segundo ela, a forma de medir o impacto dessa coleta é compará-la com o Produto Interno Bruto (PIB). "No Brasil, a carga tributária é de 35% do PIB. Isso significa que os cofres públicos recebem um valor que equivale a mais de um terço do que o País produz. Por isso fala-se tanto em necessidade de reforma tributária", comenta Costa Barros.
 
Ainda de acordo com a advogada do Siqueira Castro, nos últimos 10 anos o peso dos tributos não parou de crescer. "O aumento da arrecadação pelos governos tirou da sociedade brasileira R$ 1,85 trilhão nesse período", aponta Marluzi.
 
 
Fonte: Diário do Nordeste - Fortaleza/CE - NEGÓCIOS


Alper Consultoria em Seguros

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Superávit primário do setor público fica em R$ 10,3 bi

O superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida pública

Notícias Gerais, por Redação

INSS inaugura agência em Brasília e anuncia contratação de 1,7 mil

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild, deputados federais e distritais participaram nesta quinta-feira da inauguração de uma nova Agência de Previdência Social (APS) no Plano Piloto, zona central de Brasília.

Notícias Gerais, por Redação

Contas externas de março apontam superávit de US$ 10,6 bilhão, segundo BC

O balanço de pagamentos do Brasil, que mostra as transações externas de capitais do país durante determinado período, registrou superávit de US$ 10,6 bilhão em março, segundo a nota do Setor Externo divulgada nesta terça-feira (24) pelo Banco Central.

Notícias Gerais, por Redação

Mantega negocia desoneração de setores da indústria

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir ao longo de toda esta quinta-feira com quatro setores da indústria (têxtil, aeroespacial, móveis e peças para veículos) para negociar a desoneração da folha de pagamento.

Notícias Gerais, por Redação

Contas do governo têm superavit de R$ 20 bilhões em janeiro

A economia do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para pagar os juros da dívida pública cresceu 46,5% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Notícias Gerais, por Redação

Governo amplia programa de financiamento à exportação

A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) assina nesta quarta-feira uma portaria que permitirá que as micro e pequenas empresas que exportam bens sem a exigência de Registro de Exportação (apenas para vendas limitadas a até US$ 50 mil) possam participar do Proex (Programa de Financiamento às Exportações).

Notícias Gerais, por Redação

Desaceleração da economia é passageira, diz Mantega

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta terça-feira (6) que a desaceleração da economia brasileira é "passageira" e que o PIB (Produto Interno Bruto) voltará a crescer no quarto trimestre.

Deixe seu Comentário:

=