Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/06/2011 às 16:21:07
Ibovespa inicia pregão em alta, após dados favoráveis na China e nos EUA
SÃO PAULO – Os minutos iniciais do Ibovespa são marcados por um desempenho positivo de 0,92%, aos 62.596 pontos, impulsionado por dados melhores que o esperado na China e nos EUA. Ademais, a variação indica também uma recuperação após as seguidas quedas do principal índice da BM&F Bovespa, o qual atingiu na véspera a menor pontuação desde julho.
No país oriental foi divulgado que a inflação em maio atingiu o patamar de 5,5% na base de comparação anual, em linha com as expectativas, enquanto a elevação de 13,3% da produção industrial superou as projeções dos analistas.
Ademais, ao final do pregão o banco central da China também surpreendeu os analistas ao optar pelo aumento de 0,5 ponto percentual sobre a taxa de reserva exigida dos bancos em detrimento da elevação na taxa básica de juro.
Ações
Assim, os papéis que chamam a atenção com as maiores variações positivas do Ibovespa neste pregão são os ordinários da MRV Engenharia (MRVE3, R$ 15,00, +2,39%), da Rossi Residencial (RSID3, R$ 13,80, +2,22%), da MMX Mineração (MMXM3, R$ 8,84, +2,08%), da Cyrela Realty (CYRE3, R$ 16,20, +1,95%) e da Brookfield (BISA3, R$ 8,24, +1,85%).
Análises
O analista gráfico da Gradual Invetimentos, Régis Chinchila, alerta para o movimento de baixa do índice, o qual segue em um movimento de baixa e começa a testar o fundo imediato, em 61.600 pontos. "Caso perca este patamar terá objetivo na faixa de 60 mil pontos. Algum sinal de alta, apenas superando 63.800 e, principalmente, a forte barreira em 65 mil pontos", escreve em comentário diário.
Já o head de análise da Ágora Corretora, Marco Melo, chama a atenção para diversos elementos de pressão na bolsa paulista. "Próximo a 62 mil pontos, o Ibovespa ainda se ressente da maior presença dos investidores estrangeiros e da melhor visualização do cenário externo, que envolve a pressão de preços das commodities, turbulências geopolíticas, o dramático ajuste fiscal na Europa e a revisão do crescimento econômico norte-americano", indica em relatório.
Mercados
No entanto, após a divulgação dos indicadores tanto na China quanto nos EUA, as negociações nos principais mercados ao redor do globo indicam para o campo positivo, tanto na Ásia, quanto na Europa e no pré-market norte-americano.
EUA e crise fiscal na Grécia
Além dos dados chineses, os EUA também divulgaram indicadores. Por lá as vendas no varejo registraram uma queda de 0,2% em maio, número menor que a baixa de 0,7% nas vendas prevista por analistas. Desconsiderando-se as vendas de automóveis, indicador revelou um crescimento de 0,3% nas vendas, superior aos 0,2% previstos.
Por outro lado, os preços ao produtor registraram um valor 0,01 ponto percentual acima do projetado por analistas, em um movimento positivo de 0,2%. Para o restante do pregão os investidores ainda aguardam os números dos estoques das indústrias, do atacado e também do varejo.
Ben Bernanke e crise fiscal na Grécia
Além dos números, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, também deverá chamar a atenção nos momentos finais do pregão, ao discursar por volta das 15h30.
Por fim, as atenções também serão divididas com a crise grega, uma vez que os ministros de Finanças da Zona do Euro se encontrarão em reunião extraordinária em Bruxelas para tentar chegar a um consenso em relação à crise fiscal na Grécia, informaram fontes europeias à agência Efe.
Fonte: web.infomoney.com.br | 14.06.11