Publicado por Redação em Carreira - 23/02/2022 às 09:58:07
Human skills guiarão os talentos da próxima geração
As habilidades humanas dominarão um mundo cada vez mais digital. Quando olhamos para os próximos cinco anos, autogerenciamento, resiliência, tolerância ao estresse, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas estão no topo das prioridades segundo o Relatório “Futuro dos Empregos” do World Economic Forum, que mapeia os empregos e as habilidades do futuro.
Por quê? Porque esses são os conhecimentos que precisaremos para acompanhar o ritmo das mudanças que acontecem. Um cenário no qual o digital e o físico caminham para uma intensa simbiose – a lógica do Metaverso está aí para ilustrar isso – e os robôs assumem papéis cada vez mais humanos. Uma realidade mais adepta ao Work-Life Integration e a inclusificação, com as lideranças tendo que ser capazes de reconhecer perspectivas únicas e divergentes das pessoas e, ao mesmo tempo, criar um clima de pertencimento, também emerge.
Não fomos preparados para esse mundo. O que isso significa, então? Que metade de todos nós precisará se requalificar até 2025. E, pela lógica, focando justamente no desenvolvimento das habilidades que são exclusivamente humanas, e não das máquinas.
Entre os líderes empresariais ouvidos pelo World Economic Forum, 94% esperam que os funcionários adquiram novas competências no trabalho – um aumento considerável em relação aos 65% apontados em 2018. Precisamos destas habilidades para atender as demandas da nova era. Até 85 milhões de empregos poderão ser substituídos por uma mudança na divisão do trabalho entre humanos e máquinas nos próximos três anos. Por outro lado, milhões de novos trabalhos devem surgir, justamente, a partir dessa nova realidade que está sendo construída.
O segredo? Sermos muito ativos na nossa preparação pessoal para esse novo mundo. O aprendizado continuado será cada vez mais importante, e neste caso sempre destaco a importância de abraçarmos o Intentional Learning, o aprendizado intencional e constante, guiado pela curiosidade.
Não são apenas os indivíduos que precisam ser preparados para essa realidade do mundo do trabalho. O mesmo deve acontecer com o sistema educacional e com as empresas. No ritmo acelerado das mudanças, os alunos querem entender como converter, mais rapidamente e de forma eficaz, o conhecimento adquirido durante as aulas, em experiências reais.
Nas empresas, o caminho para maximizar a produtividade é apostando, justamente, no uso mais efetivo das novas tecnologias para complementar as habilidades humanas, como evidencia o estudo “O Futuro das Competências: Emprego em 2030”, realizado pela Pearson com pesquisadores da Nesta e da Oxford Martin School.
Os talentos precisam ser capacitados para esse novo mundo, para construir um futuro melhor. E cabe aos líderes conduzir esse processo. O Massachusetts Institute of Technology (MIT) aponta que identidade, valores, prioridades e recursos são as quatro categorias nas quais os pontos fortes de liderança são compactados.
Isso nos leva a prestar atenção e compreender, a todo momento, como vemos a nós mesmos em uma situação em que estamos nos esforçando o máximo possível; quais são os princípios éticos que guiam nosso comportamento; a que dedicamos o nosso tempo e que tipo de habilidades, talentos e competências temos que ter para atingir nosso nível máximo.
Quanto mais abordamos as novas tecnologias, os modelos de negócios disruptivos e a digitalização, mais nos deparamos com o desafio de ajudar as pessoas na sua evolução. A inovação depende disso, já que uma das maiores ameaças ao avanço dentro das organizações é, justamente, o fato de os indivíduos temerem o novo por entenderem que todas essas transformações e tecnologias tornarão as suas habilidades obsoletas. Quer uma resposta para isso? Não irão, desde que a busca por requalificação seja constante.
Você está pronto para o futuro do trabalho?
Fonte: Forbes