Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 19/01/2012 às 11:47:42

Governo inclui duas novas vacinas no calendário infantil

Serão introduzidas as vacinas pentavalente e injetável contra poliomielite.
Novo calendário passa a valer a partir do segundo semestre deste ano.

O governo federal anunciou, na tarde desta quarta-feira (18), a introdução de duas novas vacinas no calendário básico de vacinação infantil. Serão introduzidas, a partir do segundo semestre, a vacina injetável contra a poliomielite (conhecida como Salk) e a vacina pentavalente, que reúne em uma única dose imunizações contra cinco doenças.

Segundo o Ministério da Saúde, as duas novas vacinas serão utilizadas a partir do mês de agosto. A dose injetável contra a pólio, contudo, será aplicada apenas nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a introdução da vacina injetável contra a pólio, feita com o vírus inativado, reduz riscos de possível contágio pela doença. No ano passado, informou, foram registrados dois casos suspeitos de paralisia supostamente causados pela aplicação da vacina oral (conhecida como Sabin). "Com a aplicação da dose injetável, o risco é quase nulo", afirmou.

Ao todo, serão 8 milhões de doses da nova vacina, que já começaram a ser compradas pelo governo a partir de dezembro de 2011.

Por enquanto, a aplicação da dose injetável não irá retirar do calendário de vacinação as doses orais, já aplicadas nas campanhas de imunização. Segundo o governo, será aplicado um esquema sequencial, com as duas vacinas até que a doença seja totalmente erradicada. A imunização injetável será aplicada aos 2 e aos 4 meses de idade, e a vacina oral será usada nos reforços, aos 6 e aos 15 meses de idade.

"Vamos adotar como uma fase de transição a vacinação combinada", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. "É uma fase de transição porque daqui a 10 anos, ou sabe-se lá quanto tempo for, a pólio for eliminada do mundo, não vai ter mais vacinal oral sendo produzida. E o Brasil está se preparando para isto", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.

Já a vacina pentavalente reunirá em uma única dose imunizações contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas.

Novo calendário
Outra mudança será feita no calendário básico de vacinação a partir do segundo semestre. Antes, a criança precisava ser vacina do nascimento até os seis meses, sem intervalo, e com doses de imunizações diferenciadas contra as doenças. Veja o calendário completo com as mudanças.

Agora, a vacina BCG e contra a Hepatite B será feita ao nascer e depois somente com dois meses, onde receberão a dose da nova vacina pentavalente e da poliomelite inativada. Todas as

As outras duas vacinas que antes eram aplicadas aos dois meses - vacina oral Rotavírus Humano e vacina pneumocócida 10 - seguirão mantidas de forma igual no calendário. As segundas doses das vacinas de poliomielite inativada e da pentavalente serão realizadas aos quatro meses.

A vacina pentavalente ainda terá uma terceira dose de aplicação, aos seis meses. Neste período, a criança também receberá a dose da vacina oral contra a poliomelite e a vacina pneumocócica 10.

"Ao fato de estarmos introduzindo a pentavalente reduz uma picada a mais nas crianças, e isto faz com que a nova picada da vacina ativada não seja um esforço a mais na vacinação das nossas crianças", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Gastos em saúde
Alexandre Padilha comentou ainda pesquisa divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que as famílias brasileiras responderam por 56,3% das despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no país entre 2007 e 2009. Segundo o ministro, o resultado representa um "desafio" para o governo investir mais.

"É um desafio para o nosso país. Em primeiro lugar para a gente invetir mais nas áreas públicas, não só nas ações curativas mas preventivas, para que as famílias possam reduzir seus gastos com saúde. Temos de cada vez mais investir em ações de prevenção e ações curativas que possam reduir os custos para as famílias brasileiras", afirmou.

Padilha evitou falar dos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que define os gastos públicos em saúde, conhecida como regulamentação da "Emenda 29" - mudança constitucional aprovada em 2000 que previa os gastos mínimos por parte de União, estados e municípios na área.

Entre os pontos excluídos, um previa que o governo investisse mais caso o Produto Interno Bruto (PIB) fosse revisado para cima. O ministro se limitou a dizer que o governo segue em busca de formas para aumentar os investimentos em saúde.

"O debate sobre financiamento para saúde vai continuar. Como poderemos ter mais recursos para a saúde. O debate continua, assim como o aprimoramente da saúde", afirmou Padilha.

Fonte:g1.globo.com|19.01.12


Linhas Financeiras

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Medicamentos exclusivos do SUS terão de ser identificados

Todos os medicamentos adquiridos das indústrias farmacêuticas para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS) terão que ser devidamente identificados. O objetivo é criar um mecanismo que ajude a coibir desvios e a comercialização indevida desses remédios.

Saúde Empresarial, por Redação

Começa 2ª etapa da ação da Força Nacional do SUS no RS

O Ministério da Saúde apresentou, nesta quinta-feira (31), a segunda etapa do plano de atendimento a familiares e vitimas do incêndio ocorrido no último domingo (27), na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

Saúde Empresarial, por Redação

Ministério reduz de 18 para 16 anos idade mínima para cirurgia contra obesidade no SUS

No Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, lembrado hoje (11), o Ministério da Saúde informou que vai reduzir, de 18 para 16 anos, a idade mínima para realização de cirurgia bariátrica no Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos em que há risco de morte para o paciente.

Saúde Empresarial, por Redação

Medicamento para tratar AVC passa a fazer parte da lista da rede pública

O Alteplase, usado por alguns hospitais da rede particular no tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, passa a fazer parte da lista de medicamentos disponibilizados pela rede pública de saúde.

Saúde Empresarial, por Redação

Excesso de paracetamol pode ser mortal, mesmo que em doses pequenas

Ingerir quantidades excessivas de medicamentos é sempre perigoso, mas a overdose pode acontecer de forma não intencional, sem que a pessoa saiba que está correndo riscos.

Deixe seu Comentário:

=