Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 27/01/2015 às 11:20:59

Fórum Econômico Mundial debate pela primeira vez medidas contra câncer

 O Fórum Econômico Mundial (WEF em inglês), que será encerrado hoje (25) em Davos, Suíça, debateu pela primeira vez a necessidade de medidas globais para combater a expansão do câncer. De acordo com Luiz Antonio Santini, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o acontecimento "foi uma grande conquista".

Levantadas pelo Fórum Mundial de Oncologia, em outubro do ano passado, as perdas com tratamento, morte e invalidez atingem US$ 2 trilhões por ano, o que equivale a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Para Santini, o câncer vem se tornando cada dia mais um problema de saúde pública global. "Não é um problema, como se pensou durante muito tempo, restrito aos países desenvolvidos, às pessoas mais ricas ou de classe social alta. Na verdade, hoje o quadro não é esse".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a previsão é que, em 2030, ocorrerão 22 milhões de novos casos de câncer entre homens, mulheres e crianças, com 13 milhões de mortes, a maioria delas em países menos desenvolvidos ou mais pobres. "Isto é uma epidemia global", ressaltou Santini.

Diante disso e dos altos valores envolvidos para acesso a diagnóstico e tratamento de câncer, além das perdas sociais e econômicas atribuídas às famílias, Santini defendeu posicionamento conjunto dos países sobre o problema. "Colocar o tema na ordem do dia da economia global é uma conquista importante para a comunidade que cuida desse assunto na esfera mundial".

Acrescentou que o câncer requer ações conjuntas, como foi proposto em Davos, nos últimos dias 23 e 24,  pelo presidente do Fórum Mundial de Oncologia, Franco Cavalli. Segundo o especialista do Inca, o que encarece o controle do câncer são as atividades  de prevenção, diagnóstico precoce e cuidados paliativos.

Lembrou que o Brasil tem sido reconhecido internacionalmente pela prevenção de câncer. Citou o  exemplo do Programa de Controle do Tabagismo, que gera redução da mortalidade de câncer de pulmão. "As atividades de prevenção são o que se denomina de custo-efetivas. Ou seja, quanto mais você puder prevenir, menor custo terá", informou.

Destacou a existência de um conjunto de casos de câncer que, independente da prevenção, ocorrerão, com tratamentos cada vez mais caros. "Por isso, é importante que haja investimentos em pesquisas, de modo a implementar novos tratamentos e medicamentos". Na avaliação do diretor-geral do Inca, o desafio do câncer é global, não só  no sentido da abrangência mundial da doença, mas de sua abordagem. "Ela exige investimentos em diversos segmentos. A possibilidade de tratar câncer aumentou muito, mas o custo desse tratamento é muito elevado",  concluiu.

Fonte: uol.com.br


Alper Consultoria em Seguros

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

SUS pode ter prazo máximo de 30 dias para atendimento

A Câmara analisa proposta que estabelece prazo máximo de 30 dias para que as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) realizem exames diagnósticos e executem procedimentos necessários à saúde dos pacientes.

Saúde Empresarial, por Redação

Brasil é o segundo País do mundo em cirurgias cardíacas

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular SBCCV comemora o centenário do nascimento do professor Euryclides de Jesus Zerbini, considerado o pai da cirurgia cardíaca e fundador do Incor.

Saúde Empresarial, por Redação

Estudo analisa efetividade de transplantes no Brasil

Pesquisa feita com base em dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), apontou que as maiores taxas de atendimentos de transplantes são encontradas nas regiões Centro-oeste, Sul e Sudeste

Saúde Empresarial, por Redação

HC e empresas privadas fecham parceria para área de ortopedia

Acordo prevê a implantação de dois laboratórios para o desenvolvimento de produtos de terapia celular e aplicações na ortopedia

Deixe seu Comentário:

=