Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 04/05/2011 às 12:38:44

Especialistas falam sobre os riscos do açúcar para obesidade e diabetes

O açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em alimentos salgados como pães e massas, que se transformam em glicose dentro do organismo. A diferença entre eles está apenas na velocidade com que caem na corrente sanguínea: o doce leva poucos segundos, enquanto as moléculas dos demais podem demorar até uma hora para serem quebradas.

Em excesso, o açúcar pode provocar obesidade e diabetes tipo 2, doenças que são facilmente evitadas. Para falar sobre os perigos dessa substância de alto poder calórico e sobre como prevenir a diabetes, estiveram no Bem Estar desta quarta-feira (4) os endocrinologistas Maria Lúcia Giannella e Alfredo Halpern, que também é consultor do programa.

Segundo os médicos, a gordura abdominal predispõe a doenças metabólicas.

Tomar uma bola de sorvete é o mesmo que comer uma colher e meia de sopa de açúcar. Veja abaixo quanto há em outros alimentos:

Apesar dos riscos, o açúcar não é apenas um vilão: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ele responda por 10% do consumo total de calorias diárias. Em colheres de sopa, a quantidade não deve passar de três, o que equivale a 50 gramas.

Por dia, um indivíduo deve ingerir de 45% a 65% das calorias sob a forma de fibras e carboidratos complexos (batata, arroz, pães e massas), 10% de açúcares livres (de mesa, refrigerantes, sucos artificiais, doces e guloseimas), de 10% a 15% de proteínas (leites, derivados e carnes) e de 15% a 30% de gorduras. Produtos diet não contêm açúcar, enquanto os light apresentam quantidade reduzida de calorias e podem ser adoçados.

O Bem Estar mostrou, ainda, a incrível história da mulher que há dez anos toma 12 litros de refrigerante normal por dia e não é gorda, mas sofre de pressão alta (20 por 11 sem medicação e 16 por 8 com). Antigamente, a funcionária pública Vera Lúcia Fernandes, de 56 anos, bebia 16 litros. E também é fumante.

Só com o refrigerante, Vera Lúcia consome 1,2 quilo de açúcar por dia, 8,6 quilos por semana, 37 quilos por mês e 451 quilos por ano – quase meia tonelada. Além disso, a bebida apresenta uma alta concentração de sódio. Por mês, a funcionária pública gasta R$ 430 com refrigerante, e R$ 5.280 por ano. O vício, que causa abstinência, tremedeiras e a fez procurar terapia, não atinge só ela, mas o filho e o neto de 7 anos, que começou a receber a bebida com 3 meses de vida.

Muitos não abusam do açúcar no refrigerante, mas no café. Foi o que mostrou o repórter Renato Biazzi. Sem se dar conta, as pessoas adoçam o cafezinho durante o expediente e perdem a conta da quantidade. E, ao longo do dia, são vários copinhos. Quem toma cinco cafés por dia, por exemplo, chega a consumir de 10 a 12 colheres de açúcar.

O caminho do açúcar
Quando os alimentos passam pelo intestino, onde a glicose é absorvida, há um sinal para que o pâncreas produza insulina, hormônio responsável por fazer com que a glicose que chegou à corrente sanguínea entre em células e músculos do corpo, que usam o açúcar como fonte de energia.

Quem ingere mais glicose que o necessário acaba armazenando a substância sob a forma de gordura. A insulina também faz com que a glicose entre nas células do tecido adiposo, por isso o excesso desse hormônio pode acarretar ganho de peso.

Já na falta da insulina, que ocorre nos diabéticos, a glicose não consegue entrar nas células e fica na corrente sanguínea, não se transformando em energia. Isso causa a hiperglicemia, ou seja, alto índice de açúcar no sangue.

Tipos de diabetes
Na diabetes tipo 1, um processo imunológico destrói as células que produzem insulina. Em geral, a doença se manifesta na infância ou adolescência e o pacientes precisam tomar insulina pelo resto da vida.

O tipo 2 é o mais comum. Na maioria das vezes, está associado à obesidade ou à presença de gordura abdominal. Em geral, aparece depois dos 45 anos de idade. O tratamento é feito com remédios, exercícios físicos e dieta.

A diabetes pode ser, ainda, gestacional, que aparece apenas durante a gravidez, ou decorrente do uso de medicamentos e pancreatite crônica.

Quem é diabético deve contar todos os dias a quantidade de açúcar que consome. Também precisa controlar o açúcar contido nas frutas.

Os sinais de alerta para a doença são: ter o problema na família, excesso de peso, vida sedentária, mais de 40 anos, pressão, colesterol e triglicérides altos, usar corticoides e anticoncepcionais e, no caso das mulheres, ter tido filhos com mais de 4 quilos, abortos ou natimortos.

Entre os sintomas da diabetes tipo 2, estão infecções frequentes, alterações visuais, dificuldade de cicatrização de feridas, formigamento dos pés e furúnculos.

Açúcar refinado e adoçante
O açúcar refinado não é necessário na alimentação porque existem outras fontes mais saudáveis. O ideal é optar pelos tipos mascavo ou o orgânico. Apesar disso, eles custam mais caro e adoçam menos.

Já o adoçante é uma substância doce, mas o corpo não ganha energia com esse produto químico. Alguns estudos revelam os efeitos colaterais do excesso de adoçante, como retenção de líquido e obesidade.

Fonte: g1.globo.com/bemestar | 04.05.11


Seguros Pessoais

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Milhares de doenças podem ser identificadas por exames de DNA

Especialistas temem 'corrida' por testes inconclusivos e procedimentos desnecessários 

Saúde Empresarial, por Redação

Gestores públicos são obrigados a informar gastos com Saúde

O Ministério da Saúde amplia as ferramentas de controle e transparência para permitir que o cidadão acompanhe a aplicação de recursos na área da saúde.

Saúde Empresarial, por Redação

Planos de saúde descumprem prazos máximos para marcação de consultas

Pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que oito entre nove maiores operadoras de planos de saúde com atuação em São Paulo não cumprem prazos máximos para marcação de consultas estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Saúde Empresarial, por Redação

SUS oferece teste para infecção generalizada

Hospitais como A.C. Camargo, em São Paulo, Servidores do Estado e Hospital Central da Aeronáutica, ambos no Rio estão oferecendo um teste biomarcador de procalcitonina para direcionar o tratamento para a infecção generalizada - sepse.

Saúde Empresarial, por Redação

O que é gestão de saúde corporativa para você?

Há certo consenso entre os economistas a respeito do entendimento de que o Brasil já vive ou caminha para uma situação de pleno emprego. Mais do que as estatísticas apontam,

Deixe seu Comentário:

=