Publicado por Redação em Notícias Gerais - 17/06/2011 às 15:55:34
Emoção interfere na forma de investir e nos ganhos do investidor, confirma estudo
SÃO PAULO – Investir e negociar com base apenas no emocional podem custar mais de 20% do retorno dos investidores em um período de 10 anos. A conclusão é do estudo Risk and Rules: The role of control in financial decision making, do setor de Wealth Management do Barclays.
De acordo com o estudo, o descontrole emocional pode levar o investidor ao paradoxo de comprar na alta e vender na baixa. Segundo o levantamento, um terço dos entrevistados (32%) acredita que, para conquistar bons retornos nos investimentos, precisa negociar com frequência. Desses investidores, quase a metade (46%) afirma que são as emoções que os fazem agir desta forma.
Questão de estratégia
O estudo do Barclays indica ainda que o investidor que possui uma estratégia de investimento e que efetivamente a utiliza – como não mexer nas aplicações por impulso ou evitar analisar a carteira com frequência para não cair na tentação de negociar no curto prazo – é, em média, 12% mais bem-sucedido do que aquele que não possui nenhum disciplina financeira.
No mundo, os investidores da região da Ásia-Pacífico são os que mais buscam uma disciplina financeira, principalmente aqueles de Taiwan e Hong Kong. Por outro lado, investidores de países desenvolvidos estão na base da pirâmide neste quesito, principalmente na Espanha, Austrália e Estados Unidos.
Emocionalmente racional
A psicanalista e representante no Brasil da Iarep (International Association for Research in Economic Psychology), Vera Rita de Mello Ferreira, autora de livros como Psicologia Econômica e o recente A Cabeça do Investidor, defende a ideia de que o ser humano é frágil, precário e irracional, o que faz com que as emoções interfiram em tudo na vida, inclusive nas decisões de investimentos.
Segundo ela, para evitar - o pelo menos tentar evitar - que as emoções prejudiquem seus ganhos e influenciem, de forma negativa, em seus investimentos, atenção a algumas dicas, retiradas da publicação “Psicologia Econômica: estudo do comportamento econômico e da tomada de decisão”:
* Respeite seus próprios limites e avalie se tem condição de tolerar a incerteza e o medo que determinadas aplicações vão gerar
* Evite o comportamento de manada – não é por que todos estão comprando determinado papel que você também deve comprar
* Evitar reações de pânico diante da volatilidade do mercado
* Avalie os investimentos de acordo com o prazo que tem para investir e do retorno que espera ter
* Defina metas e verifique se suas estratégias estão adequadas a elas
* Informe-se e pense sobre seus investimentos com calma e em detalhes, a fim de identificar pontos frágeis.
Fonte: web.infomoney.com.br | 17.06.11