Publicado por Redação em Notícias Gerais - 30/08/2013 às 11:37:10
Economia brasileira cresce 1,5% no 2º trimestre e 3,3% em um ano
A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre de 2013 em relação ao trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 3,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em valores correntes, o PIB (Produto Interno Bruto) alcançou a marca de R$ 1,2 trilhão. No acumulado do primeiro semestre, a economia brasileira cresceu 2,6% em relação a igual período de 2012.Na comparação com o primeiro trimestre, a economia do país registrou o maior avanço desde o começo de 2010 (2% no 1º trimestre de 2010). Já em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta registrada é a maior desde o primeiro trimestre de 2011 (4,2%).
Nos três primeiros meses deste ano, a economia brasileira tinha crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior, e 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2012.
O IBGE também revisou dados do ano passado: o PIB cresceu 0,8% no quarto trimestre sobre o terceiro trimestre, e não 0,6%, como tinha sido anunciado inicialmente.
Todos os setores crescem em relação ao 1º tri; destaque para agropecuária
O destaque foi a agropecuária, que cresceu 3,9% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano. Em relação a 2012, o crescimento chegou a 13%.
A indústria, que vinha patinando nos últimos trimestres, também registrou um forte crescimento: teve expansão de 2% em relação ao 1º trimestre, e de 2,8% em relação ao mesmo período de 2012.
O setor de serviços ficou na lanterna, com expansão de 0,8% em relação ao trimestre anterior, e de de 2,4% em relação ao mesmo trimestre de 2012.
Mantega diz que nuvem cinza começa a dissipar
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o clima de desconfiança em relação à economia brasileira verificada no fim do primeiro semestre já está sendo revertido e que o país está preparado para enfrentar as turbulências dos mercados financeiros.
"Não vamos chorar o leite derramado, vamos tocar em frente... o Brasil já apresenta resultados palpáveis, como a redução da inflação, a retomada do crescimento e o interesse dos investidores estrangeiros, tudo isso já começa a dissipar essa nuvem cinza que foi colocada sobre o nosso país."
Crescimento em 2013 será cortado de 3% para 2,5%
A previsão de crescimento da economia brasileira neste ano será cortada de 3% para 2,5%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana passada (22). O anúncio oficial, segundo Mantega, seria feito nos próximos dias.
O governo já tinha reduzido suas contas sobre a expansão brasileira em 2013. A primeira previsão era de crescimento de 4,5% e, após inúmeros estímulos dados --como corte de tributos da folha de pagamento das empresas e de incentivos ao consumo--, a economia não decolou e a projeção foi rebaixada para 3,5% em abril.
Em julho, e já enfrentando os efeitos de uma crise de confiança dos agentes econômicos, a área econômica voltou a piorar a estimativa, reduzindo-a para 3%.
BC estimava crescimento de 0,89%
A estimativa do Banco Central, mostrada por meio do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), era de expansão de 0,89% em relação ao primeiro trimestre.
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual.
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
No primeiro trimestre, por exemplo, o PIB cresceu apenas 0,6% em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE. Isso é metade do que mostrava o IBC-Br (alta de 1,22%). Em entrevista, um diretor do BC justificou a diferença, dizendo que o IBC-Br não tem a pretensão de medir o PIB, apesar de o mercado o usar como um balizamento.
Fonte: Economia Uol