Dormir de lado alivia a azia?


Para quem tem azia, não é fácil ter uma noite de sono tranquila. É só dormir na posição errada que o ácido vai para o esôfago, uma receita para estômago irritado e insônia.

O problema é especialmente incômodo em grávidas, que podem sofrer com a azia ao longo de toda a gestação.

Para evitar esse tipo de problema, os médicos recomendam dormir com uma pequena inclinação, o que permite à gravidade manter o conteúdo do estômago exatamente onde ele deve ficar. Mas dormir de lado também pode fazer diferença – desde que você escolha o lado certo. Vários estudos descobriram que dormir sobre o lado direito agrava a azia e dormir do lado esquerdo tende a aliviá-la.

A razão para isso não está inteiramente clara. Uma hipótese sustenta que dormir sobre o lado direito relaxa o esfíncter pilórico, entre o estômago e o esôfago. Outra hipótese diz que dormir do lado esquerdo mantém a junção entre o estômago e o esôfago acima do nível do ácido gástrico.

Num estudo publicado no “The Journal of Clinical Gastroenterology”, cientistas recrutaram um grupo de indivíduos saudáveis e os alimentaram com refeições de alto teor de gordura em dias diferentes para induzir a azia. Imediatamente após as refeições, os participantes passaram quatro horas deitados em um dos lados enquanto dispositivos mediam sua acidez do esôfago. Ao final, os pesquisadores descobriram que “a quantidade total de tempo de refluxo foi significativamente maior” quando os participantes deitaram sobre o lado direito.

“Além disso, a liberação média de ácido foi significativamente prolongada quando eles deitaram desse lado” afirmaram os autores da pesquisa.

Em outro estudo, publicado no “The American Journal of Gastroenterology”, cientistas alimentaram um grupo de pacientes com azia crônica com um jantar altamente gorduroso e um lanchinho antes de dormir. Então, mediram o refluxo enquanto os participantes dormiam. Os que dormiram sobre o lado direito tiveram níveis de acidez mais altos e “uma liberação mais longa de ácido de esôfago”. Outros estudos apresentaram resultados semelhantes.

* Por Anahad O’Connor

Fonte: delas.ig.com.br