Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 31/08/2012 às 12:01:58
Desenvolvida droga 10 vezes mais potente contra o câncer
Carboranos
Químicos da Universidade de Missouri (EUA) anunciaram a criação de um fármaco contra determinados tipos de câncer que é 10 vezes mais potente do que os melhores remédios disponíveis hoje.
A equipe do professor Mark Lee fez a descoberta quando estudava uma classe de compostos conhecidos como carboranos.
"Carboranos são aglomerados de três elementos - carbono, boro e hidrogênio. Os carboranos não combatem o câncer diretamente, mas ajudam na capacidade de um medicamento para se ligar mais fortemente ao seu alvo, criando um mecanismo mais potente para destruir as células cancerosas," explica Lee.
Produção de energia das células
A equipe usou os carboranos para criar novas versões de medicamentos projetados para desativar a produção de energia das células cancerosas, impedindo sua sobrevivência.
Como todas as células, incluindo as saudáveis, precisam gerar energia para se manterem vivas, os cientistas precisam alvejar processos que sejam mais importantes para as células doentes, para que somente elas sejam atingidas pelo medicamento.
Aumentando a capacidade de ligação do medicamento com o seu alvo, pode-se então aplicar uma dose menor, diminuindo o impacto nas células saudáveis, o que significa menos efeitos colaterais.
Usando os carboranos, os cientistas descobriram que o medicamento aumenta sua capacidade de ligação com a célula doente em 10 vezes.
Anti-recorrência
"Frequentemente, após a radioterapia ou a quimioterapia, as células cancerosas reparam-se e reinvadem o corpo," explica o pesquisador.
"Esta droga não apenas desliga a produção de energia só das células cancerosas, mas também inibe os processos que permitem que as células cancerígenas se reparem."
Os medicamentos à base de carboranos foram testados contra câncer de mama, de pulmão e de cólon, todos com resultados positivos.
O pesquisador espera que os primeiros testes clínicos com a nova versão dos medicamentos com carboranos iniciem-se nos próximos dois anos.
Enquanto isso, eles estão pesquisando os resultados sobre outros tipos de câncer.
Fonte: www.diariodasaude.com.br