Publicado por Redação em Notícias Gerais - 26/04/2012 às 16:49:34

Corte dos juros: publicidade focada nas taxas mínimas confunde consumidor

A Proteste - Associação de Consumidores alerta os consumidores  que as taxas mínimas de juros anunciadas pelos principais bancos privados do País não serão oferecidas para todos, irrestritamente. Apesar da publicidade das instituições focar nos menores juros, eles são oferecidos apenas em situações específicas.

Profissionais da Proteste visitaram agências de bancos públicos e privados em São Paulo e no Rio de Janeiro, nos dias 23 e 24 de abril. No HSBC, por exemplo, os pesquisadores tiveram dificuldade para obter simulação de financiamento para não clientes. O banco, por sua vez, explica que não é prática da instituição fazer financiamento para quem não é cliente.

Cuidado ao avaliar taxas
A pesquisa também mostrou que a maioria dos bancos exige a transferência da conta-salário para o banco, caso o interessado queira solicitar crédito na instituição. Além disso, para autorizar o crédito, leva em conta a renda e o histórico do cliente na hora de definir a taxa de juros a ser oferecida.

Isso quer dizer, basicamente, que o consumidor deve ter cuidado de avaliar bem as taxas de juros e não focar apenas na taxa mínima. O relacionamento que o cliente tem com o banco, o valor do crédito solicitado e as parcelas sempre influenciam na definição da taxa.

Os bancos também levam em consideração o tempo de conta que o cliente tem na instituição. É assim na Caixa Econômica Federal, por exemplo, onde a menor taxa para financiamento de veículos é de 0,89%. Já no Bradesco, a taxa mínima de 0,97% só é válida no caso de o cliente dar entrada de 50% do valor do carro e fizer o parcelamento em, no máximo, seis meses.

A assessoria do Bradesco explica que os empréstimos e financiamento, de fato, são analisados caso a caso, e a taxa mínima vai depender dos fatores aqui mencionados.

Financiamento
A Proteste, inclusive, para verificar a situação enfrentada pelo consumidor, simulou um financiamento de um Gol GV 1.0 Flex 4p 2011 zero quilômetros em 24 vezes nas cinco instituições que anunciaram redução em suas taxas para pessoas físicas.

Depois de fazer a simulação, a associação comparou as novas taxas encontradas com as observadas no mercado no segundo mês deste ano. Verificou-se que não houve mudanças significativas e, em alguns casos, inclusive, a taxa chegou a ser maior do que a verificada anteriormente.

“O cliente tem que ser proativo. Tem que provocar o banco. Isso vale tanto para quem já tem dívida ou quem vai fazer dívida. É preciso questionar o gerente sobre as reduções das taxas. O banco, para não perder cliente, vai reduzir a taxa”, enfatizou a Proteste.

Fonte: Infomoney


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Economia mundial deve se recuperar em 2013

A economia global deve crescer 1,3% neste ano. Essa é a expectativa foi apresentada por Marcelo Carvalho, economista-chefe do Banco BNP Paribas, segundo ele há uma perspectiva favorável para o cenário externo mas com “ riscos pelo caminho”.

Notícias Gerais, por Redação

Dívida Pública deve fechar 2013 entre R$ 2,1 e R$ 2,24 trilhões

O estoque da Dívida Pública Federal deve ficar entre R$ 2,1 trilhões e 2,24 trilhões ao final deste ano, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional. 

Notícias Gerais, por Redação

Acabou a festa de retornos fáceis com renda fixa; É preciso arriscar mais

O Brasil sempre foi conhecido como um país de juros altíssimos. Ao longo dos últimos 13 anos, a taxa básica oscilou bastante, mas sempre se manteve em patamares muito elevados se considerados os padrões de países desenvolvidos.

Notícias Gerais, por Redação

Indústria agradece governo por medidas de estímulo ao setor

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, ressaltou os "esforços" do governo em fortalecer o setor, durante evento promovido na sede da entidade nesta sexta-feira, em Brasília.

Notícias Gerais, por Redação

Economia deve crescer mais em 2012, afirma presidente do BC

A economia brasileira deve crescer mais em 2012 ante o ano passado, ajudada por mais reduções na taxa básica de juros, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta quinta-feira (2).

Deixe seu Comentário:

=