Publicado por Redação em Gestão do RH - 19/10/2022 às 10:40:58

Como a Amazon está combatendo a falta de talentos


 

Uma nova pesquisa da Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional, descobriu que, até 2030, haverá uma falta global de talentos de mais de 85 milhões de pessoas, resultando em aproximadamente US$ 8,5 trilhões (R$ 44,25 trilhões) em potenciais perdas anuais de receita. “Governos e organizações precisam fazer das estratégias de produção de talentos uma prioridade máxima e tomar ações agora para educar, treinar e desenvolver a força de trabalho”, diz Yannick Binvel, presidente do ramo de mercados industriais globais da Korn Ferry.

De acordo com a gestora Mercer, a falta de mão de obra qualificada pode ser resolvida com os seguintes passos:

1 – Ter como objetivo aprender a partir de requalificação personalizada em pontos específicos nos quais falte qualificação.

Rewarding skill acquisition by compensating employees who complete courses or certifications;
Recompensar os funcionários que adquirirem qualificações com a realização de cursos ou obtenção de certificações;
Facilitar o aprendizado com experiências de rotação, trabalhos de curto prazo e tarefas internas;
 Adquirir novas competências por meio da contratação de novos talentos com as necessárias qualificações ou experiências;
Buscar novos talentos por meio de aquisições ou fusões com outras empresas.
A Mercer também descobriu que a pandemia obrigou muitas empresas a buscar habilidades totalmente novas. Em média, organizações por todo o mundo investiram mais de US$ 2,8 mil (R$14,5 mil) por funcionário em requalificação no ano passado, um aumento de 50% em relação a 2020. Apesar disso, o RH e gestores de risco consideram a obsolescência de talentos, ou a falta de pessoas extremamente qualificadas, como um dos dez principais riscos operacionais para as empresas.

In the next ten years, occupations in the tech industry are projected to grow at twice the national average rate, so creating new pathways for entry is a must.

A previsão é que, nos próximos dez anos, empregos na indústria de tecnologia vão crescer duas vezes mais em relação à taxa média nos EUA. Então, criar novas formas de entrar nesse ramo deve ser uma prioridade por lá.

Em parceria com a empresa de desenvolvimento corporativo Springboard for Business, a Amazon está combatendo a falta de talentos qualificados por meio de programas customizados de aprimoramento de competências e de requalificação. Assim, ela visa aumentar o impacto nos negócios com um ensino específico para a empresa.

Em comparação com o ano passado, menos funcionários avaliam que suas companhias oferecem treinamento relevante, enquanto 76% da população global não está pronta para trabalhar em um mundo dominado pelo digital. Segundo o relatório do NTUC Learning Hub State of Workplace Learning, movimento trabalhista de Singapura, as principais razões para essas perspectivas dos empregados incluem tédio e abordagens convencionais de treinamento (31%) e uma gama limitada de tópicos abordados (23%). Embora tenha aumentado o conhecimento sobre burnout, apenas 25% dos funcionários dizem que suas organizações priorizam o treinamento de gestores focado em um equilíbrio entre bem-estar e trabalho. 

Como parceira do programa Amazon Career Choice, a Springboard vai providenciar programas personalizados para treinar funcionários da Amazon que recebem por hora de trabalho para fazerem transições para carreiras com alta demanda e em crescimento, como análise de dados ou engenharia de software. Em 2022, a Amazon expandiu a elegibilidade de seu programa de carreiras ao torná-lo disponível a funcionários plenos e de meio período depois de 90 dias de emprego contínuo.

Os programas de análise de dados ou de engenharia de softwares não requerem experiência prévia ou diplomas de cursos superiores para serem usados. Os candidatos da Amazon irão completar uma avaliação de competências para pensamento analítico e crítico, seguida por uma entrevista com um orientador de candidatura da Springboard.

A Springboard usa ainda seu próprio modelo de ciência de dados para identificar quando seus estudantes podem estar começando a ficar para trás, com o objetivo de orientar o aluno e o próprio mentor da empresa para proporcionar um suporte personalizado e no momento exato. Gautam Tambay, CEO e cofundador da Springboard, diz: “Estou animado de fazer parte de uma progressiva mudança em direção a um ambiente de trabalho focado nos funcionários e em seus objetivos”. Estudantes graduados da Springboard conseguiram empregos em companhias como Google, Meta e Salesforce.

O estudo da Statista, empresa alemã focada em dados de mercado e consumidores, relata que o mercado do aprendizado corporativo e de desenvolvimento do funcionário é avaliado em US$ 357 bilhões (R$ 1,858 trilhões). De acordo com a empresa de consultoria McKinsey, a falta de desenvolvimento e avanço na carreira foi a principal razão para os funcionários saírem de seus empregos do período de abril de 2021 a abril de 2022. Fechar a lacuna de competências, conseguir reter talentos e proporcionar bem-estar são prioridades urgentes. Sua organização está fazendo o bastante para chegar lá?



Fonte: Forbes


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