Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 19/06/2024 às 10:13:24

CEOs atletas: como o esporte potencializa o desempenho no trabalho



Cristina Palmaka, presidente da SAP na América Latina e Caribe, completou recentemente o circuito de maratonas mais disputado do mundo, Abbott World Marathon Majors. Começou em Boston, nos EUA, em 2005, e finalizou o ciclo em Tóquio, no Japão, este ano. “Nem mesmo as pernas mais fortes podem carregar uma mente fraca”, escreveu a executiva em seu LinkedIn, fazendo um paralelo entre corrida e liderança. “Para desenvolver um negócio hoje, é preciso o mesmo que para terminar uma maratona: flexibilidade, resiliência, determinação, trabalho em equipe e muita energia.”

O mundo corporativo e o universo dos esportes são mais próximos do que pode parecer. “Principalmente na questão da disciplina, do foco e superação”, diz Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Óreal e praticante de triatlo desde 2017. “Já aconteceu de não conseguir completar uma prova e, quando a gente traz isso para o mundo corporativo, percebemos que nem sempre vamos ter sucesso, mas que isso faz parte do processo de qualquer CEO.”

O que diferencia os líderes de sucesso é a vontade de fazer acontecer e a capacidade de ultrapassar os próprios limites. “O caminho da disciplina pode nos levar mais longe”, afirma Alexandre Maioral, presidente da Oracle no Brasil, que corre e faz muay thai e musculação.

Para além do mindset, o esporte serve como válvula de escape para profissionais que lidam com prazos curtos e metas ambiciosas e passam a maior parte dos seus dias dentro de salas de reunião. “É um momento para mim e que me traz vários insights sobre vida, trabalho e conexões que eu quero fazer”, diz Luana Génot, fundadora e CEO do ID_BR.

Encaixar uma rotina de atividade física em meio à agitada vida corporativa pode ser um grande desafio, mas faz a diferença nas entregas e na saúde mental desses altos executivos.

Confira, a seguir, como os líderes usam o esporte a favor da saúde física e mental e também da carreira.


Conheça os executivos que dividem a carreira com o esporte

Alexandre Maioral, presidente da Oracle
“A prática de esportes sempre esteve presente na minha vida. A corrida, o muay thai e a musculação são alguns exemplos. Eu valorizo o esporte não só pela questão da saúde, que também é extremamente importante, mas pela questão de ensinar que o caminho da disciplina pode nos levar mais longe e alcançar resultados de sucesso. O esporte foi o que mais me ajudou a entender que a disciplina é liberdade: liberdade de ultrapassar os meus limites, aprender coisas novas e sentir que sou dono das minhas próprias escolhas. Esses aprendizados do esporte são transferidos diretamente para a minha vida profissional, pois enquanto cuido da minha saúde física e mental, também potencializo a minha performance como executivo, tomando decisões mais equilibradas e inspirando minha equipe a buscar sempre o melhor.”


Daniela Sagaz, executiva de recursos humanos, palestrante e mentora
“Conheci a Calistenia há três anos, e, desde então, tem sido minha paixão! Esse esporte exige muita concentração, coordenação motora e força, habilidades que consigo conectar com meu dia a dia no trabalho, tornando minha rotina muito mais equilibrada.”


Marcelo Zimet, CEO do Grupo L’Oréal no Brasil
“Sempre procurei atividades saudáveis que me ajudassem a extravasar a pressão do dia a dia. Então, comecei a ler sobre endorfina como fator para negativar o stress e nesse processo conheci o triatlo. Fiz algumas provas curtas e me apaixonei pelo processo e ‘lifestyle’. No esporte, você desenvolve tanto força física quanto mental, e aprende a lidar com situações imprevisíveis. Por isso, existem muitos CEOs, atletas e/ou maratonistas. Os mundos do esporte de alta performance e empresarial são muito parecidos, principalmente na questão da disciplina, foco e superação. Sou praticamente de triatlo desde 2017, e no Ironman o mantra é: anything is possible! Já aconteceu comigo de não conseguir completar uma prova e quando a gente traz isso para o mundo corporativo, percebemos que nem sempre vamos ter sucesso, muitas vezes vamos falhar e aprender, mas isso faz parte do processo de qualquer CEO. Estamos longe de sermos perfeitos, mas o que nos diferencia é a vontade de fazer acontecer, e nunca desistir.”


Cristina Palmaka, presidente da SAP América Latina e Caribe
Comecei a correr em 2000 e nunca mais parei. Essa prática me ajudou a treinar o corpo, acalmar a mente e desenvolver habilidades indispensáveis nos negócios. A capacidade de mudar o plano rapidamente porque a temperatura subiu. A determinação de chegar à meta, mesmo que seja caminhando. Essas habilidades são fundamentais para um executivo. Para desenvolver um negócio hoje, é preciso o mesmo que para terminar uma maratona: flexibilidade, resiliência, determinação, trabalho em equipe e muita energia.


Liana Moreira, CMO da Decathlon
“Praticar esporte para mim é cuidar da morada da minha alma, do corpo que me permite desfrutar a vida. Usar toda a potência e vitalidade que ele me proporciona é algo sagrado e inegociável. Para muito além do aspecto físico, são incontáveis os benefícios: melhoria do foco, concentração, prevenção à ansiedade, melhora da qualidade do sono, pensamento criativo, memória. Aspectos fundamentais para sobreviver – ou bem viver – em uma rotina instável e cheia de estímulos. Poder juntar meus princípios com meu trabalho é algo muito especial, um privilégio poder elevar a consciência e causar um impacto positivo em toda a sociedade.”


Waldir Bertolino, CEO da Infor no Brasil
“A minha relação com o esporte é antiga. Comecei desde muito cedo, aos quatro anos, por influência do meu pai, que sempre me deu bastante motivação. Atualmente, pratico motovelocidade no autódromo de Interlagos, sou faixa marrom de Jiu Jitsu, além de fazer musculação todos os dias. Já fui também praticamente de MMA e outros esportes. Para mim, a relação do esporte com o mundo empresarial é profunda. No motociclismo, por exemplo, aprendi a olhar lá na frente para poder me antecipar ao que pode acontecer. Vi também que é necessário estudar e aprender constantemente sobre a pista e o equipamento. Aquecer e se preparar são fatores que fazem parte do conjunto de ações que levam ao sucesso em uma corrida. Na moto, parar significa cair. É preciso movimento para manter o equilíbrio. Já no Jiu Jitsu, aprender a ler o oponente é uma das habilidades mais importantes, o que vai ao encontro do que vemos no mercado de trabalho diariamente. A disciplina da prática diária de esporte ajuda a estar sempre preparado física e mentalmente para o dia a dia profissional. Quanto mais eu treino, mais sucesso eu tenho.”


Tatiana Pimenta, fundadora da Vittude
“A corrida sempre foi mais do que apenas um exercício físico para mim; é uma ferramenta essencial para manter minha saúde mental e melhorar minha performance no trabalho. No ritmo acelerado do mundo corporativo, encontrar um momento para desacelerar mentalmente é crucial, e é aí que a corrida entra como um refúgio terapêutico.

Correr me ensinou o valor da disciplina e da consistência. Assim como no trabalho, onde projetos exigem persistência e atenção aos detalhes, na corrida, cada passo conta. Estabelecer e manter uma rotina de corrida exige autodisciplina, o que transborda para minha vida profissional, ajudando-me a gerenciar meu tempo e responsabilidades de forma mais eficaz.

Quando estou correndo, limpo a mente das preocupações diárias. Durante a corrida, consigo focar em minha respiração e nos movimentos do meu corpo, o que ajuda a aumentar minha concentração quando volto ao trabalho. Esses momentos de clareza são fundamentais para tomar decisões importantes e para pensar criativamente em soluções para os desafios que possuo à frente da Vittude.”


José Fernandes, presidente da Honeywell para América Latina
“A história com o Taekwondo é relativamente recente: no Réveillon de 2018 me dei conta de que estava trabalhando muitas horas, engordando e não tinha tempo nem vontade para fazer nada. Então, estabeleci como meta pessoal de que aquele seria um ano diferente e comecei a fazer aulas de artes marciais em janeiro. O objetivo inicial era melhorar a saúde, mas, sem saber, a prática acabou trazendo muito maiss do que isso. Ao iniciar o Taekwondo, via o esporte com uma válvula de escape para aliviar o estresse do dia a dia e, com isso, também comecei a regrar mais a própria rotina para que pudesse frequentar as aulas. Os benefícios da prática foram diversos: comecei a perder peso e a melhorar a condição física. Além disso, ao me conectar com os valores essenciais do Taekwondo (Cortesia, Integridade, Perseverança, Autocontrole e Espírito Indomável), descobri um novo universo. O Taekwondo me deu um melhor senso de comunidade e networking conectando pessoas com diferentes experiências e origens. Temos que ser muito disciplinados e perseverantes para aprender uma arte marcial. É preciso tempo e dedicação para que os resultados apareçam, assim como em outras áreas. Eu estava aprendendo algo novo para mim e realmente aproveitei o tempo necessário para me transformar em uma pessoa melhor.”

 


Fonte: Forbes


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