Publicado por Redação em Notícias Gerais - 01/09/2014 às 10:45:23
Brasileiro sabe controlar dívidas, mas erra mesmo assim, diz presidente da Serasa
O brasileiro não apenas está endividado, como também não consegue honrar com seus pagamentos. A grande oferta de crédito no mercado - uma tentação para quem já está familiarizado com cartão de crédito e cheque especial - fez com que o Brasil batesse o recorde deinadimplência neste mês. Segundo estudo inédito da Serasa Experian, até o oitavo mês de 2014, 57 milhões de brasileiros estão com as contas em atraso. No mesmo período de 2013, o número estava em 55 milhões e, em 2012, girava na casa dos 52 milhões.
Mas, segundo o presidente da Serasa, José Luiz Rossi, o problema não está apenas na oferta - e sim na conservação dos velhos hábitos. "O brasileiro é consciente sobre seu crédito. Ele sabe que se não pagar a fatura terá de pagar juros, como também sabe que precisa gastar menos do que recebe. Mas seu comportamento ainda é o mesmo", disse o presidente durante a 18ª edição do Troféu Transparência, realizado pela Anefac, Fipecafi e Serasa Experian. "A sociedade de consumo ainda faz com que ele gaste mais do que pode gastar."
O executivo sinaliza, porém, uma queda na demanda por crédito por parte do consumidor. A diminuição da procura está relacionada, principalmente, à situação atual da economia brasileira e à preocupação da população em quitar suas dívidas, já que ela está mais endividada.
Segundo a Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), a demanda dos consumidores por crédito caiu 7,8% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano e nos últimos doze meses, a procura caiu 3,2% e 2,1%, respectivamente.
Ao mesmo passo, o abundante mercado de crédito também parece estar perdendo força. Em julho deste ano, seu crescimento foi o menor em 12 meses desde 2008, segundo o BancoCentral. Mas, na avaliação de Rossi, o mercado continua em expansão. "O Brasil ainda tem um mercado de crédito com percentual da economia menor que outros países em desenvolvimento, então temos grande potencial de crescimento", disse. "No momento, a economia cresce menos, o que acaba dando mais receio de se endividar."
Educação financeira
Na opinião de Rossi, o principal problema é o baixo nível de educação financeira no Brasil. "O endividado só vai mudar seu comportamento investindo na educação financeira."
Se você está nesta situação, o executivo dá algumas dicas simples que pode lhe ajudar. "Você não pode gastar por impulso, ter um planejamento financeiro, não usar apenas sua capacidade de pagamento mensal como única maneira de avaliar sua capacidade de tomar crédito. É efetivamente ser um consumidor mais consciente", conclui.
Fonte: UOL - São Paulo/SP - ECONOMIA
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As escolas particulares da capital terão reajuste da mensalidade acima da inflação em 2014.
Pesquisa feita pela reportagem em dez escolas nas cinco regiões da cidade mostrou que as instituições estão informando aos pais que aplicarão aumentos entre 7% e 11% nas mensalidades de 2014.
Os valores ficarão acima da inflação deste ano. A inflação medida pelo IPCA deve fechar em 5,82% neste ano, segundo economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central.
O governo tem defendido que a inflação deste ano ficará abaixo da do ano passado, que foi de 5,84%.
Nos últimos 12 meses --até agosto--, a inflação oficial registrada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 6,09%.
As escolas só podem aplicar reajustes que sejam justificados pela elevação dos custos, afirma a advogada especialista em direito do consumidor Adélia de Jesus Soares.
"Pela legislação, o objetivo das instituições de ensino não é gerar lucro, por isso, os reajustes devem ser baseados nas despesas", afirma.
A justificativa de aumento deve ser feita por escrito com, pelo menos, 45 dias de antecedência à aplicação. "Mas se os pais considerarem que o valor é abusivo, podem procurar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon."
JUSTIFICATIVA
Uma das explicações para aumentos acima da inflação é o salário dos professores, que em 2013 teve reajuste superior a 8%, explicou o presidente do Sieeesp (sindicato das escolas de SP), Benjamin Ribeiro da Silva. "Mas não acredito em preços abusivos, pois a concorrência é grande. Se subir muito, o pai muda o filho de escola." Silva também atribui o aumento à inflação dos aluguéis.
CONFIRA OS AUMENTOS
Colégio
Bairro
Preço atual (em R$)
Reajuste previsto para 2014 (em %)
Drummond
Ponte Rasa
544
Até 10
Objetivo
Tatuapé
1.354,65
De 8 a 11
Colégio Bandeirantes
Vila Mariana
2.291
Até 10
Colégio Exato
Interlagos
581
9
Colégio das Américas
Perdizes
1.200
7
Colégio Módulo
Lapa
852
8
Colégio Nova Cachoeirinha
Vila Nova Cachoeirinha
426
7
Colégio Vip
Tremembé
639
7,8*
Colégio Equipe
Santa Cecília
1.658
De 7,5 a 10
Colégio Santo Agostinho
Liberdade
1.024,76
Até 10
FONTE: Escolas e reportagem
A pesquisa levou em consideração os valores para o 6º ano do ensino fundamental
*Reajuste definido para o turno da tarde
REMATRÍCULA
Pais que renovarem a matrículas dos filhos em colégios particulares devem ficar atentos a eventuais cobranças abusivas. A principal delas é a rematrícula, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. O pai do aluno só paga a matrícula uma vez, quando o filho entra na instituição.
Nos anos letivos seguintes, devem ser cobradas apenas as mensalidades, explica a advogada Adélia Soares. "Mas a escola pode dividir o valor anual em 13 ou mais parcelas; não é proibido."
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Os preços ao consumidor na cidade de São Paulo subiram 0,61% em dezembro, ante alta de 0,60% em novembro, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e divulgado nesta quarta-feira (4).
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