Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 11/03/2013 às 16:43:38

74% dos pacientes estão abertos para consultas virtuais

Resultado do relatório da Cisco contradiz a ideia de que a interação face-a-face é sempre a preferida para a experiência do cuidado ; 3/4 dos pacientes se sentem à vontade para usar a tecnologia para interagir com o médico

Um relatório global da Cisco sobre a experiência de clientes da área de saúde (Cisco Customer Experience Report) revela que 74% dos consumidores dizem estar abertos ao atendimento médico virtual, percentual um pouco maior no Brasil, com 76%. Quando perguntados sobre a relação entre contato pessoal e qualidade da assistência médica, 84% dos consumidores no Brasil afirmaram estar mais preocupados com a qualidade da assistência do que com a presença física do médico na consulta.

O estudo analisou a opinião dos consumidores e tomadores de decisão de saúde (HCDM´s “health care decision makers”) de dez países, entre eles o Brasil. Os resultados demonstram que com o uso da tecnologia, a largura de banda e a integração em rede se tornando cada vez mais presente na rotina das pessoas, tanto o aspecto humano quanto o digital passaram a fazer parte da experiência de pacientes.

A pesquisa analisou a opinião de consumidores e profissionais do setor de saúde sobre o compartilhamento dos dados pessoais de pacientes, consultas médicas presenciais e comparou com atendimento remoto e o uso da tecnologia para fazer recomendações sobre a saúde individual. A opinião nestes tópicos foi bastante diferente nos dois grupos (consumidores e profissionais de saúde) e nas dez regiões geográficas analisadas.

O relatório revelou aumento do interesse no acesso à informação de saúde em dispositivos móveis. No Brasil, 42% dos consumidores procuram informações médicas via dispositivos móveis e 34% checam resultados de laboratório antes de ir a consultas médicas. Os consumidores do país também têm interesse em receber recomendações médicas via tecnologia: 76% dos entrevistados gostariam de receber mais indicações sobre saúde nos seus computadores ou dispositivos móveis (o maior índice de todos os países).

O relatório global realizado no início de 2013 analisou a resposta de 1.547 consumidores e profissionais de saúde dos EUA, Canadá, México, Brasil, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China, Índia e Japão.

Privacidade e Serviço Pessoal

Em geral, os profissionais de saúde estão mais dispostos a compartilhar a informação pessoal e privada do que os pacientes e outros cidadãos. O grau com o qual todos os médicos, pacientes e cidadãos estão dispostos a compartilhar a informação pessoal de saúde e melhorar a qualidade do cuidado varia de acordo com a região geográfica.

Principais resultados

  • A maioria dos consumidores se sente à vontade em disponibilizar de forma segura na nuvem a informação de saúde , com exceção de consumidores da Alemanha e Japão.
  • Quase metade dos consumidores e 2/3 dos profissionais de saúde pesquisados se sentem à vontade para compartilhar e receber informação de saúde através de canais de mídia social.
  • A maioria dos consumidores da América do Norte – cerca de 80% – se sente à vontade em enviar o histórico médico completo e diagnósticos para que as operadoras de saúde tenham a informação disponível para tratá-los e oferecer o diagnóstico mais pessoal possível. Com relação à submeter a amostra de DNA para os médicos ou outros profissionais de saúde, 78% dos consumidores globais se sentem à vontade com esta ideia. Este índice no Brasil chega a 88%.
  • Embora cerca de metade dos profissionais de saúde acredite que a proteção dos dados seja adequada  à privacidade de informações de saúde e médicos em  seus países, menos da metade dos consumidores acredita que essa proteção  seja adequada. A grande diferença entre a opinião de consumidores e profissionais da saúde é encontrada no Brasil, onde aproximadamente 2/3 dos consumidores acham que a proteção é adequada, mas entre 8 e 10% dos profissionais de saúde  acham que não  é adequada. Nos EUA, cerca de 60% dos profissionais de saúde acreditam na proteção, mas apenas 40% dos consumidores concordam com esta opinião.

Principais resultados:

  • 3/4 (74%) dos consumidores indicam se sentir a vontade com a ideia de se comunicar com o médico usando a tecnologia ao invés de uma consulta presencial.
  • Na China, Rússia e México, quase 3/4 dos consumidores se sentem confortáveis de se comunicar com um especialista via tecnologia virtual (ex. bate-papo por vídeo e torpedos) para falar sobre sua condição médica.
  • Mais de 60% dos consumidores da Alemanha, Japão e EUA se sentem a vontade com a ideia de receber tratamento por um especialista através da tecnologia virtual.
  • Os pacientes e cidadãos estão dispostos a abrir mão de qualquer coisa, incluindo custo, conveniência e viagem para receber tratamento de um renomado provedor de saúde, tendo acesso ao cuidado e experiência de confiança.
  • No Brasil, os consumidores estão mais preocupados com a qualidade da assistência médica do que com o contato humano: 84% dos consumidores no Brasil dão mais importância à qualidade da assistência do que a presença física do médico na consulta. O Brasil se equipara apenas à Rússia neste aspecto.

Fonte: saudeweb.com.br


Seguros Pessoais

Posts relacionados

Saúde Empresarial, por Redação

Planos de saúde terão que justificar negativa de atendimento por escrito

Operadoras de planos de saúde vão ter que justificar por escrito qualquer tipo de negativa de atendimento caso o serviço seja solicitado pelo beneficiário. A resposta, em linguagem clara, deverá ser enviada por correspondência ou por meio eletrônico em até 48 horas.

Saúde Empresarial, por Redação

Sírio-Libanês cria centro de pesquisa contra o câncer

Iniciativa conta com apoio financeiro do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer

Deixe seu Comentário:

=